Um problema que não é meu

O gume da faca

afia a carne

desprezando a gravidade.

Deixando em seu leito só a inércia,

imperceptível a olho humano.

Está bem... Prometo me render

após a noite de núpcias.

Me solto pra fingir,

me camuflo na brisa – imperfeita.

Tenho uma barata prevendo minhas ações,

Ela está aqui,

Pedindo por suor.

Entregar-se pra quê?

Tudo sai do mesmo ponto

e nós...

E nós?

Favarini
Enviado por Favarini em 24/01/2006
Código do texto: T102933