Das trevas à luz
Na escuridão caminho depressa
Tropecei milhões de vezes
E me interromperam com uma conversa
Disseram-me que aquele breu
Era a verdadeira luz
Que os homens que ali viviam
Eram deuses que do céu fugiram
Tinham o poder de água em vinho transformar
Juram que era com eles que eu devia ficar
E que nas mulheres verdadeiro céu eu iria encontrar
Que o verdadeiro sacrifício era realizado
Quando os corpos se encontravam nus
Que sacrificamos nossa perfeição
Para a elas o prazer ofertar
Seduziram-me para que esta falsa verdade
Como se eu pudesse acreditar.
Mas algo me dizia que aquela
Não era a verdadeira luz...
Comecei a correr depressa
E gritei aos céus
Para que me mostrassem o caminho
Eu sabia que não o encontraria sozinho
E um anjo apareceu para me libertar
E com a santa tranqüilidade,
Começou a me orientar
Os caminhos que me indicava
Eram recordados pelo meu coração
Como poderia esquecer o caminho de casa
E me afundar em tanta perdição?
O anjo me abandou
Disse que agora eu deveria caminhar sozinho
E o breu logo voltou
Mas eu estava decidido a verdadeira luz encontrar
E de joelhos pedi que o pai me viesse ajudar
Sinos então começaram a cantar
E uma doce sinfonia se apresentou
Vozes de anjos declamavam poesias
E eu ali sozinho, não acreditava no que via
Céu verdadeiro, luz verdadeira
Eu reencontrava
E lá de cima do altar,
O verdadeiro sacrifício Ele recordava
Senti a paz de novo em mim
E percebi que fui eu quem me cegou para seu brilho
Que fui eu quem criou as trevas
Pra um dia voltar para a luz.