GIRASSOLANDO

Depois que a tarde trouxe o arrebol

não vi mais a luz do sol.

Calou-se o canto do rouxinol...

A noite se fez escura e fria;

a alma entrou em agonia.

Restou só uma alegoria :

a clara luz rebrilhando

na lua e nas estrelas piscando.

E a vida foi passando...

Uma eternidade sem fim,

até que o horizonte virou carmim

e eu, girassol, despertei de mim.

Viro meu rosto e encaro o novo dia,

pétala por pétala, e é só alegria !

Não morri. Eu apenas dormia...

Lina Meirelles

Rio, 10.06.08