HERÓI MORTO - Regina Lyra
Poupe-me da sua voz
mesquinha, covarde,
sua falta de sentimentos,
- sua mediocridade.
No espaço da tempestade
você é o furacão da vaidade,
impressionante falsidade...
Foi um pesadelo?
Acordei e o enterrei!
Em sonho infantil
você existiu,
era frio e calculista
- virou algoz.
Imagem desfeita!
Bato palmas,
- para o artista...
(Lyra, Regina. Insensatas Palavras. João Pessoa. Ed. Universitária. 2003).