De amor e vida (3)
Quando apagava a luz eu abria os olhos
o coração aos pulos, a pele congelava.
Eu tentava enxergar as coisas porque pensava
que no meio da escuridão as perderia....
e eu amava tanto tudo o que eu tinha.
O corpo imóvel suando de frio
apenas a voz se movia.
Eu chamava por ela e ela vinha
abria o postigo e uma luz entrava no quarto
trêmula, fraca e generosa,
tão generosa quanto ela.
Pelo facho de luz eu via no seu rosto sereno
a face do amor que me provia.
O meu coração se aquietava,
o que eu tanto amava me sorria.