Vou me enclausurar.
Falar de amor é um crime
E nenhuma paixão redime
Por isso vou me silenciar
O meu coração carismatico
Vai ficar inerte e estatico
Para ninguem mais eu magoar.
Sentimentos eu vou reprimmir
E os meus soluços engolir
Pedir perdão pela ultima vez
Vou me enclausurar,me recolher
Quem sabe até eu aprender
A ter uma alma mais cortez.
Só ainda não deixo de escrever
Porque sem isso ainda não sei viver
Mas prometo que vou me fiscalizar
E de amor eu não falo mais
O meu coração até se contrai
Se esforçando pra não chorar.
Em um mundo sem liberdade
Onde só se questinam a verdade
A poesia acaba por entristecer
Tudo que eu escrevo se diz obseção
E sem a liberdade de expressão
Pergunto o que eu deverei escrever.
Estou me sentindo pequeno
Ao degustar o amargo veneno
De tudo que eu tenho escrito
E o meu coração inconformado
Não vai poder viver exilado
Na abafada sala do veredito.
Mas uma qualidade ele tem
Não pretende magoar ninguem
E se curva com resignação
Ciente de não ser dono de nada
Ele vai continuar na jornada
Entre a poesia e a oração.
Uma POETISA que eu muito considero
Me disse uma vez e agora eu reitero
Porque acredito que verdade maior não há
Uma poesia não se julga e nem sensura
E nem se encontrar nela se procura
Pois o que esta escrito nela está.
E um poeta sem a sua liberdade
Pra escrever sobre amor,paixão e saudade
Sente fluir em seu caminho a decadencia
Pois desde a infancia eu vivo pensando
Que passar pela vida escrevendo e amando
Seria uma mera,embora sublime coerencia.