Vou me enclausurar.

Falar de amor é um crime

E nenhuma paixão redime

Por isso vou me silenciar

O meu coração carismatico

Vai ficar inerte e estatico

Para ninguem mais eu magoar.

Sentimentos eu vou reprimmir

E os meus soluços engolir

Pedir perdão pela ultima vez

Vou me enclausurar,me recolher

Quem sabe até eu aprender

A ter uma alma mais cortez.

Só ainda não deixo de escrever

Porque sem isso ainda não sei viver

Mas prometo que vou me fiscalizar

E de amor eu não falo mais

O meu coração até se contrai

Se esforçando pra não chorar.

Em um mundo sem liberdade

Onde só se questinam a verdade

A poesia acaba por entristecer

Tudo que eu escrevo se diz obseção

E sem a liberdade de expressão

Pergunto o que eu deverei escrever.

Estou me sentindo pequeno

Ao degustar o amargo veneno

De tudo que eu tenho escrito

E o meu coração inconformado

Não vai poder viver exilado

Na abafada sala do veredito.

Mas uma qualidade ele tem

Não pretende magoar ninguem

E se curva com resignação

Ciente de não ser dono de nada

Ele vai continuar na jornada

Entre a poesia e a oração.

Uma POETISA que eu muito considero

Me disse uma vez e agora eu reitero

Porque acredito que verdade maior não há

Uma poesia não se julga e nem sensura

E nem se encontrar nela se procura

Pois o que esta escrito nela está.

E um poeta sem a sua liberdade

Pra escrever sobre amor,paixão e saudade

Sente fluir em seu caminho a decadencia

Pois desde a infancia eu vivo pensando

Que passar pela vida escrevendo e amando

Seria uma mera,embora sublime coerencia.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 09/06/2008
Código do texto: T1026777
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