Estamos olhando o dia-a-dia...
Estamos olhando o dia-a-dia
Estamos olhando para nossas próprias vidas
Tomando base para seguir caminho
Criamos nossos próprios monstros
Nossas próprias criaturas
E pouco podemos reclamar,
Tiramos o leite de pedras
Para que outros possam deleitar-se
Tiramos leite de pedras
E o que aproveitamos?
Deixamos para trás nossas emoções
Nossas paixões, nosso dia-a-dia,
Deixamos para quem?
O trabalho nos uniu
E esse mesmo trabalho
Nos coloca barreiras que não estamos sabendo transpor
O que será mais importante?
É fato, não se pode ficar parado,
Esperando o tempo agir por você
Esperando as coisas acontecerem
O tempo é curto & tem muita gente vindo atrás
E estamos nesse moto-contínuo até o pescoço
Estamos dilacerando nossa carne & espírito,
Nossa mente em favor de algo maior.
E esse algo maior?
E o que nos interessa?
Talvez, perdemos tempo tirando leite de pedras,
Sempre estamos perdendo alguma coisa
E alguma coisa sempre será deixada para trás
É o nosso moto-contínuo
É o nosso dia-a-dia.
Reclamamos da falta de alguma coisa
Estamos sempre reclamando
Esperando, nem tanto, que outros também se importem,
E, às vezes, pouco sem importando conosco,
Sim, não gosto de ficar para trás,
Não gosto de ser deixado de lado, ninguém gosta,
E não gosto de esforço inútil
Queimar o cérebro pra nada é nada
Sempre tem que haver algo mais
Que seja apenas satisfação pessoal
Modulei toda uma estratégia para atingir isso
Mesmo que os caminhos sejam contrários aos mais próximos
E coloquei toda a paixão pela vida nessa trilha
O ponto cego não é desconhecido, ele está lá,
Ele sempre estará lá
E o importante é saber decifrá-lo antes que ele te enrede
Antes que ele faça o seu caminho uma trilha perdida
Antes que ele deturpe o sentido da vida
E toda a paixão que ela insere
Reclamar é fácil, muito mais fácil...
Colocar a vida na trilha é o segredo, doce segredo. E isso eu aprendi muito cedo.
Peixão89
Leves Fragmentos – 1999-2000