ADEUS!
Não farei um pedido agoniado...
Chega de humor alterado!
Não ensaiarei um gesto delicado...
Chega de coração magoado!
Não esconderei o olhar desapontado...
Chega de bem-querer atraiçoado!
Não pronunciarei o verbo desejado...
Chega de sentimento abortado!
Não conclamarei motivo arrazoado...
Chega de discurso inflamado!
Não procurarei um ponto afinado...
Chega de pulsar desencontrado!
Não aceitarei o perdão atrasado...
Chega de momento adiado!
Basta! Adeus.
Cansei de ser
Muro de arrimo
Que não rima com remo
Nem rima com nada!
Quero ser agora
O cabo da enxada,
O motor de arranque,
A mola,
O propulsor,
O desencadeador,
O tema.
Não mais o que sustenta
Mas o que se desvencilha.
Não mais o verso
Mas o verbo.
Não mais energia despendida
Mas calor aproveitado.
Cansei.
Agora estarei descansada.
Você falou, tá falado:
Chega desse mote cansado!
Foto: Rui J. Santos ---- poema de set/2000
Não farei um pedido agoniado...
Chega de humor alterado!
Não ensaiarei um gesto delicado...
Chega de coração magoado!
Não esconderei o olhar desapontado...
Chega de bem-querer atraiçoado!
Não pronunciarei o verbo desejado...
Chega de sentimento abortado!
Não conclamarei motivo arrazoado...
Chega de discurso inflamado!
Não procurarei um ponto afinado...
Chega de pulsar desencontrado!
Não aceitarei o perdão atrasado...
Chega de momento adiado!
Basta! Adeus.
Cansei de ser
Muro de arrimo
Que não rima com remo
Nem rima com nada!
Quero ser agora
O cabo da enxada,
O motor de arranque,
A mola,
O propulsor,
O desencadeador,
O tema.
Não mais o que sustenta
Mas o que se desvencilha.
Não mais o verso
Mas o verbo.
Não mais energia despendida
Mas calor aproveitado.
Cansei.
Agora estarei descansada.
Você falou, tá falado:
Chega desse mote cansado!
Foto: Rui J. Santos ---- poema de set/2000