Memorial
Memorial
Se me mexo na tarde silenciosa
Uma figura distante torna-se o pôr,
Se caminho na noite suspirosa
A mesma figura vira meu luar, supor...
Nas margens de um rio, afogo-me
A espera duma rede de pesca que encontre
Um corpo morto com lendas e mistérios;
Que minha morte ainda esteja viva.
Não quero ser como um pote de barro
que ao quebrar sempre é esquecido,
Quero ser como a escultura de mármore
Firme e presente, até mesmo após a guerra.
E ouvir nos ventos do norte, uma canção
A mesma qual em minha alma tocou e toca...
Melodias sussurrantes de ventos fúnebres;
Que minhas canções jamais se apaguem!
E quando a manhã chegar e o sol se bater delirante
Aquela mesma pena negra irá me afagar um instante,
Para que a sombra se faça fixa, e a noite caia
E eu finalmente descanse na minha eternidade.