Memorial

Memorial

Se me mexo na tarde silenciosa

Uma figura distante torna-se o pôr,

Se caminho na noite suspirosa

A mesma figura vira meu luar, supor...

Nas margens de um rio, afogo-me

A espera duma rede de pesca que encontre

Um corpo morto com lendas e mistérios;

Que minha morte ainda esteja viva.

Não quero ser como um pote de barro

que ao quebrar sempre é esquecido,

Quero ser como a escultura de mármore

Firme e presente, até mesmo após a guerra.

E ouvir nos ventos do norte, uma canção

A mesma qual em minha alma tocou e toca...

Melodias sussurrantes de ventos fúnebres;

Que minhas canções jamais se apaguem!

E quando a manhã chegar e o sol se bater delirante

Aquela mesma pena negra irá me afagar um instante,

Para que a sombra se faça fixa, e a noite caia

E eu finalmente descanse na minha eternidade.

R Duccini
Enviado por R Duccini em 08/06/2008
Reeditado em 14/06/2008
Código do texto: T1025217
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