PAIXÃO PRIMEIRA

Minha paixão primeira

confessou-me seu amor

escrevendo-as nas paredes,

calçadas e muros da cidade,

e no caminho, entrada e saída

da mesma, à outras, ao seu redor.

Más, eu, anaufabeto de amor que era,

não soube ler o recado,

e, por esse amor não lutei, e,

a outro o perdi, na displicência.

E, hoje, agora só me resta

a lembrança nefasta,

depois de que me alfabetizei,

e, a cartílha do amor

aprendi à ler, e, vi, com isso,

e, ainda vejo, que, o amor que

me amava se foi, assim,

com a poeira do tempo,

e, jamais voltará, porque,

quando algo acontece,

sem querer, e, querendo,

desse algo sempre se lembra,

mesmo, que, vagamente seja,

e, numa possível volta,

continua-se amigos que se era.

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 08/06/2008
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