NA PALMA DA MÃO

Na palma da mão se leva tudo

a contar, tim-tim por tim-tim,

e, antes sobre algo de bom,

do que falte algo de ruim.

O próprio viver ensina

a pensar nesse proceder,

que ensinado é, pelos pais,

que se deve ganhar, jamais perder.

E se vier a se perder, algum dia,

que a humildade não falte,

encare-se sorrindo, o adversário,

e que de braveza não se exalte.

Se humilhar não significa

aceitar a humilhação, por tal,

mesmo, ela, endereçada

ao humilhador ou ao humilhado.

Preparado, que sempre se veja

no espelho das aparências,

prós e contras, que se enfrente,

com o que se tem de experíencia.

Expert, no saber competir,

com garra e fibra dedicada,

assim se aprende a se jogar sério

com o baralho da vida e suas cartas.

Jamais, que se pense, colocar cartas

na manga, precavendo-se,

para, na hora H do jogo,

se sinta que o está perdendo.

Quem pratica esse gesto fútil,

é covarde e do jogo não tem base,

a vida é um jogo, com o que tem se joga,

cartas marcadas, até, não se sabe.

Más, quando se sabe, enfim,

que se usam cartas marcadas,

troca-se o baralho, o jogo segue,

e, por esse deslise a vida não pára.

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 07/06/2008
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