Daqui desses quase cem quilômetros
Que separam meu corpo e teu corpo
Meu cotidiano e teu cotidiano
Tua voz e meus ouvidos...
Eu posso ver o teu sono
Não disse, eu quase posso ver.
Porque realmente consigo enxergar-te
Inerte, sob as cobertas nessa noite fria
E tu de camiseta, menino?!
Ai, teus olhos fechados são de uma calmaria
Que se espalha pelo ambiente todo
E não se pode decifrar as viagens, os caminhos
As pessoas que encontras...
Enquanto eu fico aqui, insone
Escrevendo bobagens...