TERRA DE NINGUÉM
O vento que passa e ruge na floresta,
A água que cai rugindo na cachoeira,
A ave voa em ninhal de louca festa,
Borboletas em bando na palmeira;
Ao cair da tardinha sonolenta
Os bandos de aves voam aos abrigos...
À noite é negra, fria e violenta;
O clima ali, é algoz que dá castigos.
À noite o frio mata sem ter pena,
De dia os raios de calor e luz
Sufocam, queimam, matam... Credo em cruz!
Que terra é esta, angelical Pequena?
Nós estamos na terra de ninguém
Não tem dono. Uma terra bem discreta...
Terra de sonhos aonde apenas vem
A inspiração noturna do poeta.