Ela

J. Mattos

Ó flor que denuncia

a existência de meu corpo,

dá-me outra vida.

Estrela benquista,

de minha pena,

de minha sorte.

Porquanto haja

o vigor noturno,

as valsas serenas,

as quietudes lunares.

Enquanto oceanos

azularem minha Terra

Reclamo a honra

da tua vinda.

Austrais cantigas

à tua fronte.

Recorro a fontes e missais.

Em reza, peço tua mão.

E nunca esqueço

da primavera,

estampa viva dos teus tecidos

e teu sorriso abrindo mundos,

repetindo os meus.

Peço que estejas.

Peço por ti.

Que já não há

razão de ser

sem te ter por perto.

J Mattos
Enviado por J Mattos em 06/06/2008
Código do texto: T1022075
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