Parolas! - II
Crescem as listas das chaves perdidas,
Caneta furando o olho na face avulsa & áspera,
Soltou a cena com a contra-cena nem imposta,
Vestiu a figura de linguagem & saiu sem vacilos,
Olhando por onde a marca deixava feito oração,
Um riso agradecido para cada moeda recolhida,
Entrou de passageiro, mas tomou conta a tempo,
O olho vive ainda buscando novas melhorias,
Sacola azul de talismã entre novas variantes,
Outro riso para cada linha recuperada também,
A tônica que toca a sina de abrir o coração,
Enquanto o vento a cara bate, la vem outra chave,
Permanentes ou passageiras, sobras de balcão,
Mais uma voz que expurga as próprias lamúrias,
Dividendos & devedores no equilíbrio da razão,
Para sentir a vida que pulsa além de um quadro,
Qualquer que seja a janela refletida, vida,
Não, não chore antes do tempo, tem alguma luz,
Novas cenas se descortinam na próxima manhã,
Para uns faltam rimas, para outros tudo falta,
O corte que a fuga faz da faca imolada,
Chaves, moedas & apreços, a idéia é viver!
Peixão89