No lento compasso das horas
Badala um relógio quebrado
Aguardando liberdade
Espera servir seu próprio tempo
O compasso de uma dança...
Qualquer valsa composta em felicidade
Qualquer cantiga que embale a criança
Em sua animosidade, sonha...
Dar asas aos minutos
Parar os segundos
Criar sentimentos mais profundos
Em pura simetria...
Desejava governar as horas
Alcançando seu próprio céu
Voando por séculos indefinidos
Decifrando os desejos desmedidos
Quem em seu coração de pedra
Fazem festa
Busca em seus ponteiros
As chaves da corrente
Enquanto dança conforme a música
Mas os passos o deixam descrente
De que há vida além de sua monotonia
O poder de voltar atrás
E de fornecer ao mundo uma segunda chance
Não lhe foi oferecido
E as estrelas continuam a passar
No mesmo ritmo já conhecido
Só lhe resta adormecer
E esperar pelo próximo dia
E esperar...
Esperar...
Esperar...