DOCE ZANOLHA

Passaram tantas, frente à minha porta:

Louras, morenas, gordas, magricelas...

Lindas mulheres...!!! Outras... não tão belas,

Mas todas fêmeas, saias..., é o que importa...

Tantas Marias... Santas, pecadoras...

Ah! que saudades da Zanolha tenho!!!

Sua boca doce como mel de engenho;

Feia, baixinha, formas sedutoras...

Um sol denso, fugaz, uma aquarela

Que compus na memória, sobre tela.

São lembranças... Difícil esquecê-las:

A zanolha gemendo seus abrolhos...

Um dos olhos postado nos meus olhos,

E o outro vagueando nas estrelas...

Valdez de Oliveira Cavalcanti
Enviado por Valdez de Oliveira Cavalcanti em 17/11/2004
Código do texto: T102