PRAÇA VIVA,ALMA MORTA
O corpo se encolhe na calçada,
Um olhar desavisado recomenda que fuja,
O que sibra do ser humano é a história,
Que mostra com terror a escória.
O peio que se farta de espaço,
Da fisionomia só se vê a carcaça,
A estes, todos negam um abraço,
Habitam os bancos imundos da praça.
Os hípócritas falam o que fazem
Sem esconder que se comprazem
Poder da miséria tirar vantagem
Crianças sofrem em saber os motivos
A desnutrição e fome como país adotivos
Os olhos mostram as dores dos castigos
E como se fosse nada
Existe até quem ache graça
Caçoam da miséria na praça
Fazem chacota da desgraça
Eu sigo sem enteder
O homen não evoluim, só faz envelhecer
Não usa os exemplos para aprender
Que um filho de Jesus deve sofrer