Boca pintada,...

Boca pintada, retoque e finta!

Alguma coisa foi lá acontecendo

Das veias que saltam, o julgo...

Jogo que mira os estreitos sentidos

Frio na barriga do olhar próximo

Bocas delatoras, ouvidos nas paredes...

Ser apenas um que passa pela rua

Farta madrugada para flores do mal

Baque seco na porta, manhã semi-acordada...

Devaneios balançam feito um trem veloz

Qual porta que se abre feito sorriso

Um beijo dado no rosto ao canto

Princípio de quimeras, náufragos & Ilhas!

Um suspiro pela extensa falta de tempo

O corpo range na parede escura

Limites para mais que um olhar brilhante

O medo cercando a todos os momentos

Tudo fica engasgado, esperando outro momento...

Nem sempre ao alcance, mesmo ao lado...

Falhas no sistema de referências

Primeira frase, outro título & afins!

Chuva refresca o ambiente, noite mais escura...

Esse tempo clamando mais tempo, quase impossível;

Fulgor que sobe pelas coxas, luzes...

Cobre o corpo em meio ao olhar tímido

Daquilo que vai pela cabeça, dívidas distintas...

Tudo que sobra com a falta que faz

Alívios solitários pelos cantos da casa

Linha cruzada dobrando aquela esquina

Volteios & dissimulações na face constrita

Lampejos involuntários, afagos em desordem...

Novos solos para uma acústica solitária

Sôfrego navegar em pequenos risos

Você me olhou, quis beijar e pensou duas vezes...

Temer o coração quase partido, vagando;

Na vaga que espreita pelo atro, feros sentidos...

Caminha em direção da nau, mas estanca...

Na hora da Lua, frisa notas dissonantes...

Entre esperas & partidas, o olhar cinge...

Mais uma lágrima amarga o canto da boca

Calafrios desaparecem no calor da mão

Que trafega pela pele outra vez

Leve seus medos para debaixo dos escombros

O castelo está de portas semi-abertas

Depois da tempestade, tem uma tarde para sorrir outra vez!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 21/01/2006
Código do texto: T101933
Classificação de conteúdo: seguro