Pavor
Fecho os olhos para poder me esconder;
Mas teu olhar de sangue vejo,
E tão voraz vens me devorar.
Onde me esconder do teu riso sem ritmo;
Das tuas mãos que atiram espinhos?
Como fugir,Se longe de mim, faleço
Como um dente-de-leão soprado ao léu?
E vens a me perseguir com força destruidora;
Tão frágil estou e aos poucos me entrego
A um medo que um dia inventei.
No silêncio do meu coração,
Os teus ruídos vêm quebrar minha paz.
E, paulatinamente, me quebro inteira.