Opressão
As luzes vermelhas me atormentam.
Os postes lançam sombras no asfalto
De mãos prateadas.
Preciso de espelhos
À esquerda, à direita
Acima de minha testa.
Três medos para trás.
Agora vou eu observar o teto.
Na janela pode chegar a vil criação.
Na rua, chego ao meu destino?
(Bom seria se soubesse
Pra onde o outro vai...)
Foram umbigos
Dementes. Ambiciosos.
Que me tiraram a placenta
De minha mãe verde água.