CATARSE OU CATAR-SE
Dia 3 de junho de 2008
Prezado diário. Hoje escrevi uns versos pra exorcisar de vez com aquele encosto que me aconteceu. Lá vai:
Você invadiu minha casa e abancou-se
na melhor cadeira,
eu lhe servi o café, o almoço e o jantar
fiz tudo só pra te agradar
te dei o meu abraço,
te fiz mil carinhos,
você comeu, bebeu , abusou
dormiu na minha cama
me fez de mulher dama
até bem se fartar
nem fiz conta de perder
o que não me pertencia
e desse jeito te amei
você foi o meu rei...
e toda história assim
já tem começo, tem fim,
não carece ser escrita,
já tem marca da desdita
quem a vive sabe sim
faz de conta que acredita.
E fiz esses versinhos enquanto você pegava as suas tralhas e caía no mundo. E levava consigo seu Aristóteles, seu Kant, seu Nietzsche, que o moço era letrado. Sigmund Freud também havia, rimando com psiquiatria, até algum verso daria. Então saiu este desabafo:
Você é como ceifadeira
em plantação,
recorta a gente por dentro,
recorta em mil pedacinhos
que espirram pro alto
e vão caindo como papel picado,
lentamente...
aí vão reconstruindo a gente
mas de uma nova forma,
onde nossa integridade
será costurada,
mas ficará cheia de cicatrizes.
Isso é catarse?
Você é que devia ir catar-se
bem ao modo que lhe faça gosto...
------------------------------------------------------------------------------
Nota: este texto é uma obra sem nenhum compromisso com a realidade. Mas não deixa de servir de catarse diante de experências menos felizes... façam então, bom proveito!!
Dia 3 de junho de 2008
Prezado diário. Hoje escrevi uns versos pra exorcisar de vez com aquele encosto que me aconteceu. Lá vai:
Você invadiu minha casa e abancou-se
na melhor cadeira,
eu lhe servi o café, o almoço e o jantar
fiz tudo só pra te agradar
te dei o meu abraço,
te fiz mil carinhos,
você comeu, bebeu , abusou
dormiu na minha cama
me fez de mulher dama
até bem se fartar
nem fiz conta de perder
o que não me pertencia
e desse jeito te amei
você foi o meu rei...
e toda história assim
já tem começo, tem fim,
não carece ser escrita,
já tem marca da desdita
quem a vive sabe sim
faz de conta que acredita.
E fiz esses versinhos enquanto você pegava as suas tralhas e caía no mundo. E levava consigo seu Aristóteles, seu Kant, seu Nietzsche, que o moço era letrado. Sigmund Freud também havia, rimando com psiquiatria, até algum verso daria. Então saiu este desabafo:
Você é como ceifadeira
em plantação,
recorta a gente por dentro,
recorta em mil pedacinhos
que espirram pro alto
e vão caindo como papel picado,
lentamente...
aí vão reconstruindo a gente
mas de uma nova forma,
onde nossa integridade
será costurada,
mas ficará cheia de cicatrizes.
Isso é catarse?
Você é que devia ir catar-se
bem ao modo que lhe faça gosto...
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Nota: este texto é uma obra sem nenhum compromisso com a realidade. Mas não deixa de servir de catarse diante de experências menos felizes... façam então, bom proveito!!