Círculos

Meus ventos se desfazem em compasso

Como se a Lua misturasse suas fases

E as estrelas descobrissem num abraço

Que a noite é boa para se amar

Jogos do destino flertam comigo

Eu sinto o perigo

Mas não mudo a direção

Cataclismas indefinidos

Quimeras sentimentais

Meus olhos procuram novos infinitos

Observando antigos temporais

Que ainda me intrigam

Entrego-me às mãos da sorte

Dançando em fábulas... enebriada

Nada me assusta, nem mesmo a morte

Pois minha alma já está acostumada

A agonizar no mais puro desejo

E eu vejo as mesmas pegadas

Os mesmos segredos, mesmos risos

Mesmas horas passadas de espera

Mas estas lembranças já estavam guardadas

E eu já não me surpreendo...