DECLARANDO-ME OUTRA VEZ!

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Vou carpindo o peito na tentativa de ver a luz!

Tento calabrear o insone amor,

mas tudo se me parece intocável!

As mãos dedilham um acorde para espantar o choro,

os pés insistem sair correndo mundo afora,

mas o retórico orifício do peito não me possibilita movimentar em face do medo imposto nesta tarde imprecisa que não finda!

As horas jorram o tempo no chão!

Os vasos que me continham ruíram pelo desleixo da vida!

Os olhos como dois andarilhos perdidos tentam buscar um alvo para se encostarem e sorrir a alma...

Tontos sonhos que tangem com o badalo do sino anunciando o derradeiro ato de um dia sem réplica!

 Vou carpindo as letras que me expõem nesta persistente declaração de amor,

mas sei que é insana essa tentativa...

tudo que tento fazer e até as coisas que insisto não nascer,

revelam você!

©Balsa Melo
01.06.08
Paraíba- Brasil

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 01/06/2008
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