Momento.

É só eu sei, que para te ver basta sorrir, enfrente ao espelho,

E vou para onde for, e fico lá, se for ao lado do amor,

Espelho no bolso. Dou bola para o sossego, durmo tranqüilo, a preguiça, presença nos sonhos.

Que presente um sonho bom.

No nosso romance igual, leio páginas de um rosto diferente,

Um gosto diferente, sente?

Escrevo um capitulo dormindo ao lado do mar, amar.

É normal ser igual, diferente é ter coragem de igualar,

Viajar e viajar, no bolso de alguém que ama,

A verdade tem seu núcleo na fantasia,

Meu desejo é o gosto do doce luar,

Te acompanho em lugar de ficar,

Eu fico sozinho pensando em criar,

Um mundo diferente, mas igual a todos os outros.

Alcanço o livro da prateleira mais alta, são todos de amor,

Todos os amores que inventados são reais,

Tiro o pó, desato um ou dois nós,

Volto a escrever, volto e fico parado, volto calado,

Coloco o CD, e danço você, dança de qualquer lugar,

Quanto mais distante, mais difícil enxergar um belo horizonte,

E amanhã? Onde vou estar?

É só eu sei, que para ver, falta luz,

Não posso ficar, só posso partir,

Só posso existir na falta,

Não deixo sobrar o desperdício,

Na sobra há tempos, na agonia fútil de amar.

Leo Magno Mauricio
Enviado por Leo Magno Mauricio em 31/05/2008
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