O poeta e a rosa
A rosa está dormindo
Fechada em botão
Temendo ouvir o grito
De um triste coração.
O tempo de agonia se fecha
No peito do poeta,
Que se aproximando da rosa,
Declara a sua tristeza.
A rosa se encabula,
Quando é tocada por sua mão,
Sentindo a sensibilidade
Que traduz com imensidão.
O vento sacode a rosa
Forçando a desabrochar;
O poeta protege a rosa
Com o poder que tem de amar.
A rosa se abre toda
Para o poeta a beijar.
Seu dedo vai deslizando,
Sentindo sua delicadeza...
O poeta cheira a rosa,
Não resiste a tanta beleza.
E Então surge o desejo,
De que a rosa seja perpétua!
Ele a deposita em seu livro,
Onde escreve tudo o que sente.
A rosa então adormece
Em meio a tantas poesias.
O poeta segue sua vida
cheirando a rosa todos os dias.