Poema sobre o nada
Meu poema é sobre o “nada”
E o “nada” existe
Porque ele é algo
Porém, algo que não existe
Nem venha me dizer
Que meu poema é inútil
Tudo bem que ele não diz nada
Mas até aqui o nada é algo
Até prefiro uma mulher vestindo nada
Do que totalmente vestida
Pois ali, o nada já é algo melhor
Se uma criança cai, logo perguntam
- O que está sentido? E ela pode dizer:
- Nada!
Mentira seria, pois sempre sentimos algo
Até quando pensamos que esvaziamos o coração
De uma paixão antiga que um dia tivemos
Achando que alí não tem mais “nada”?
Porém, sempre há algo; saudade, nostalgia...
Se meu poema fosse nada
Nada teria nesta página
Além do papel ou do seu monitor
Opa! Mas isto também é algo
O “nada” é chato
Se acha que ele não é nada
Porque então lhe deram nome?
Se o “nada” inexistisse se chamaria: “ ”
Contudo ou conada
O “nada” é tudo aquilo que é algo
Que repulsamos
Que tentamos faze-lo não existir (mas que existe)
Assim como a mentira
Que nada mais é do que uma verdade inventada
(...ichi!!! aí já é outro tipo de nada...)