Desabafo de um poeta III
Reverencio a escrita pura,
A palavra sincera.
O verso livre, sem temores,
Nem dores no errar.
Aprecio a liberdade da palavra solta,
O deleite em escrever sem algemas.
O ponto final no início da sentença.
A revolução pela tinta e o papel.
Estimo pelo grito de amor e ódio,
Que dados no mesmo verso,
Na mesma linha de pensamento,
Mostra-nos o controverso sobrepondo-se na oração.
E lamento.
Lamento pela escrita centrada, mal dada.
Presa no cárcere gramatical, de asas cortadas.
Lamento o temor em fugir das regras.
E o final da folha nunca transpor.
E grito: Sou poeta. Livre como bem entendo ser.