Loucura

Amar é claro escuro

É um rio límpido obscuro

Uma doce irresistível agonia

De um insípido amargo existir

É um nada ter, nada dar

É um eterno esperar.

Feito trem sem maquinista

Que caminha em perfeita linha reta desgovernado

Na estrada destino destrambelhado

São doces pesadelos sonhados

É uma insana e triste alegria

De apaixonados lunáticos

Que batem, mordem e apanham

E prosseguem sonhando e desejando

Intrépidas loucuras normais

Amando e desprezando

O zelo banal

Da vida anormal

Daqueles insanos sentimentais

Amar enfim seja muito ou pouco

É ser um contente idiota louco

E ter a certeza de sermos normais.

Deborah Mahara
Enviado por Deborah Mahara em 30/05/2008
Reeditado em 24/04/2009
Código do texto: T1011886
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