Final
Estamos perdidos,
O tempo passa,
Fica resumido,
As geleiras dissolvem,
O sol está mais ardido,
No espaço o silêncio ecoa,
Poucos pássaros voam,
São rios que secam,
Arco-íris que perdem a cor,
Fiéis que pecam,
O ódio, já supera o amor,
A madrugada que grita,
Com tanta violência,
O vaga-lume parasita,
Que agora medita,
Pois antes tinha o mato,
Não voa mais, se sente fraco,
Nem as matas que eram virgens,
Foram deturpadas,
Os rios assoreados,
Cadê os passarinhos,
Que não há revoadas,
Nos de o perdão,
Passe o lenço na sugeira,
Reprima a poluição,
Controle-se da ganância,
Não seja egoísta,
Recorde a infância,
Faz tão pouco tempo,
Não seja pessimista,
O sol levanta do berço,
E sente,
Não há árvores, sombras,
Somente poeira e serra,
A natureza reage e mata,
Pela tempestade,
Não erra,
Gente, a tristeza me abala,
Infelizmente.