Caeiro

Uma de tuas tantas sementes

No mais puro úmido estrume

Caiu.

E como é de lei

Que venha luz e água

Cresceu.

Planta de olhos.

E todo o natural ao redor

Cuspindo verde às perguntas

Sem olhos.

E todo o natural ao redor

Buscando verde as argamassas

De olhos.

O sentimento de planta vendo

Teceu raízes de querer.

Querem os ainda naturais.

Dá chá de fazer

Enxergar os olhos

Fechados pro azul.

Joana de Alencar
Enviado por Joana de Alencar em 29/05/2008
Reeditado em 24/07/2008
Código do texto: T1011063
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