Os sem teto
Os sem teto
Os despejados sem terra, sem teto
Morando embaixo da ponte
Com frio, sem agasalho.
Todo dia nasce um desabrigado
Enquanto tiver viadutos eles
Se escondem da chuva
O mendigo sujo, todo rasgado
Os pés inchados
Das longas caminhadas
E das bebidas para esquecer
O cansaço da vida que levam
Todos vivem alimentando uma
Esperança...
Na terra ir plantar
E saciar a sua fome
Para um dia ter um teto
E não ser o infinito
Ter o sol para aquecer
E a lua como companheira.