Lampião

Lampião

Caminhando, vou

Cavalgando

No jumento.

Os caçuás vazios

Com os velhos alforjes

Nos tempos do lampião

E o bacamarte

Carregado pela boca.

Dos bandeirantes o ouro

O navio em alto mar.

As feridas na

Terra nordestina

Panela vazia

Quem fala

Também

Se cala.

O céu azul foi

Se desfazendo em lágrimas

Este é o sertão nordestino

E a terra gemendo

De tanta sede.

Teixeira Marques
Enviado por Teixeira Marques em 29/05/2008
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