Lampião
Lampião
Caminhando, vou
Cavalgando
No jumento.
Os caçuás vazios
Com os velhos alforjes
Nos tempos do lampião
E o bacamarte
Carregado pela boca.
Dos bandeirantes o ouro
O navio em alto mar.
As feridas na
Terra nordestina
Panela vazia
Quem fala
Também
Se cala.
O céu azul foi
Se desfazendo em lágrimas
Este é o sertão nordestino
E a terra gemendo
De tanta sede.