Só eu sei...

Da respiração extrai gotículas, elevei ao céu, lancei ao ar perfume mais denso encorpado que o amor produz, espalhei entre corações, vivendo sem emoções, a beira da estrada colhi a flor rara, chamada ternura e espargi com doçura, desfazendo a flor, pétala por pétala, ao longo do caminho...

Deixando rastros perfumados, para trás, descrevendo o calor do abraço em câmera lenta, olhos na entrega total, corpos exaustos, lábios que trocam sussurros baixinhos, na cumplicidade de carinhos, enamorando enlace entre os dedos.

Só eu sei os mistérios do amor, me conduz a lugares exóticos, partículas de mim, transpiram e escorrem feito brisa mansa, levando bonança depois do vendaval.

Do impacto que produz o martelo na madeira, traduzi em letras musicais, o que o amor é capaz.

Escrito em: 12.09.2005

Por Águida Hettwer