"""'passeio no sub-mundo"""
como andarilha vadia
trilho na madrugada
recantos sombrios
de medo e de frio
de bares vazios
no íncola dos déspotas
no gemer do horror
ouvindo incrédula
os gritos de dor
as lágrimas da injustiça
de criaturas condenadas
a um mundo de lamas
que do ígneo inferno
é a própria chama
queimando vidas
que descansam em chãos fétidos
como animais maléficos
que embora respirem
num invertido mundo
são serem vagubundos
taxados de imundos
enquanto a verdadeira corja
em plumas descansa
de pança cheia
a falar de justiça
e a reclamar de herança