utopia

e agora ele se via ali, cansado

com aquela mulher no seu peito, suado

sem saber o que pensar direito,

a caimbra no braço,

a falta de jeito

naquele momento,

aquele abraço

o que duraria?

um segundo,

um dia,

uma vida?

não, definitivamente, não

era pra sempre, ele sabia

ele nunca tinha sentido tanto

nunca tinha sentido aquilo

e sempre que olhava a mulher,

que dormia profundamente

o coração disparava

o corpo se contorcia

dormente

mas se sentia tranquilo

muito tranquilo

e uma paz infinita lhe tomou conta

e assim que a mulher acordou

meio tonta

eles se olharam...

e era tanta luz

sorrisos se acenderam

e se abraçaram, nus

e no beijo que se deu

depois

se deu pra perceber

com certeza

que tudo não era ao acaso

que tudo seria pra sempre,

os dois

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 28/05/2008
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