Em mentiras viví
Passo o tempo escrevendo,
contendo
uma lágrima teimosa
que rola jocosa
a me debochar.
Nunca pensei acabar
em um canto escondido,
de um passado perdido
que não quero lembrar.
Tantas coisas passaram,
outras tantas falaram.
Mas eu vejo agora
que as dores não saram
em um peito que chora.
Das mentiras que ouvi,
em mentiras vivi.
Acreditei ter vencido quando tinha perdido
e tão cego, não vi.
Outra lágrima agora,
e descubro a verdade,
que a maior inverdade
é que um homem não chora.