VENENO - Regina Lyra

A serpente altiva

não sabia que rastejava,

aos desafios da virtude

- desnorteada.

Não compreendia

o sentimento da verdade,

nem aos bons acalentava

- seus ouvidos.

Gritos de maledicência

- rosnava,

como cão louco

atacava inocentes.

No passeio público

- sangrava.

Se morde

morre,

estrebucha

- no veneno da palavra.

(Lyra, Regina.Insensatas Palavras. João Pessoa: Ed. Universitária, 2003).

Regina Lyra
Enviado por Regina Lyra em 19/01/2006
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