Dor
Dor, filha caçula do Amor,
Que nasceu para fazer lembrar,
Com intenso e incessante ardor,
Os desejos de quem diz amar,
Seu pai, soberano nos corações sensíveis,
Deixa marcas invisíveis,
Que sua filha vem acariciar,
Com suas mãos, tentado saciar,
Contudo, instiga o ferimento com intensidade,
Que foram deixados por maldade,
Por quem não conhece a plenitude do Amor,
Sem coração humano, não sentiu o sabor,
Das delicias de um sentimento puro,
Manteve – se duro,
Proliferando nos corações alheios,
O Amor e a Dor, inseparáveis companheiros...