Parei no tempo
Parei no tempo
Parei no tempo à espera,
Não sei porque parei,
Não foi minha vontade, nem nunca o pensei;
Sonhei-o sim,
Entre os pesadelos desconexos,
E as noite mal dormidas,
Uma história obscura,
Sem entradas, nem saídas.
Neste compasso de espera,
Olho o mundo da torre do meu castelo,
E vejo para lá do horizonte,
O quanto o mundo é belo!
Saiu-me em sorte a desgraça,
Meus dias passam lentos,
E o enguiço não passa!
O simples é complexo,
E o sorriso dos dias troquei-o,
Pelo olhar circunspecto.
O tempo cura algumas feridas;
Que já não sangram,
Mas ficaram como marcas,
Que me apontam e me separam,
Que me reduzem, e de mim escarnam!
No encalço da sorte perdida,
Continuo a caminhada,
Pelo muro alto que se apresenta sem escada,
Pelo sinuoso trajecto de uma nova estrada!
Não é fardo leve,
Nem percorro meu caminho sozinho,
E nos limites que a mente impõem,
Desfaço-me dos preconceitos,
Procuro-te por entre meus sonhos,
Num jardim de amores-perfeitos!
Nenúfar 20/4/2008