CORREDORES
Corredores sem fim
Cercados de portas
De que servem pra mim,
E aos mortais de vidas tortas?
Os caminhos são retos
As passagens amontoadas
Estaria eu certo,
Ao me afastar das entradas?
Vazios corredores
Cheios de solidão
Não vejo os amores,
perderam a direção!
Pessoas atravessam
Param e se cruzam
sempre falantes
Depois de tudo se dispersam
E os corredores...
tornam-se como antes
Corredores sem cor
Vazios de vida.
Passagens do desamor
Não há fim ou saída.
Corredores de ilusão
Nos fazem sonhar
Abrem-se à reflexão
Mas nos impedem de amar
Indiferentes galerias
Cujo destino é o além
Retém todas alegrias
No contínuo vaivém