CORREDORES

Corredores sem fim

Cercados de portas

De que servem pra mim,

E aos mortais de vidas tortas?

Os caminhos são retos

As passagens amontoadas

Estaria eu certo,

Ao me afastar das entradas?

Vazios corredores

Cheios de solidão

Não vejo os amores,

perderam a direção!

Pessoas atravessam

Param e se cruzam

sempre falantes

Depois de tudo se dispersam

E os corredores...

tornam-se como antes

Corredores sem cor

Vazios de vida.

Passagens do desamor

Não há fim ou saída.

Corredores de ilusão

Nos fazem sonhar

Abrem-se à reflexão

Mas nos impedem de amar

Indiferentes galerias

Cujo destino é o além

Retém todas alegrias

No contínuo vaivém

Sergio Fajardo
Enviado por Sergio Fajardo em 26/05/2008
Reeditado em 13/11/2015
Código do texto: T1006280
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