LA ROSE BLANCHE

D'umbral
vê-se o gaúdio baloiço das copas saracotear enflora ao sabor do vento fúmeo.
Juçareiras alvissaras
cantarolam no aguaçal.

À noite, 
arandelas 
retrô iluminam 
o avarandado bangalô,
que sem brida a luz alazã transpassa o corpo vitrô ao redor do cristal. 
Canoeiros pescam sob à luz do luar.

La rose blanche,
preleva t'alma
imaculda d'alva.

D'cor mostarda,
du cobre oliváceo
A pele é o mito,
o sal que te cobre a carne.

É o beijo,
a canela da casca a paixão o afeto, o afeito longo do abraço.

É o cheiro
a trança é o laço,
a tainha ao tempero do alho.

Vê-de 
então ó Iara mãe d'água!
bastou medrar o licor
dulçor negresco
das juçareiras,
que o tesão negrófilo
noturno me aflora. 

Assim não tem Ana, nem Joana nem Dora, por ti? Morros de amores.

SERRAOMANOEL - SLZ/MA - TRINIDAD - 25.05.2008. 

serraomanoel
Enviado por serraomanoel em 25/05/2008
Reeditado em 12/08/2008
Código do texto: T1005403
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