Nervura

O ócio poético

percorreu, durante

luas cheias,

o caminho minado

das emoções.

Por ali resolveu

ficar,

de pés para o alto,

a bocejar desânimo

e fastio.

Subsidiou a tristeza

sem lágrimas,

sem soluços,

sem a dramaticidade

das nuvens clássicas

da tragédia.

Recostou sua imaginação

no travesseiro-angústia

e dormiu a eternidade

da vida que se agitava

lá fora, além da janela.

SueliFajardo
Enviado por SueliFajardo em 25/05/2008
Código do texto: T1005043
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