PELO MEDO DE AMAR...
Tensa e confusa pelas idéias que saem de mim, nem hesito...
Cubro-a forçosamente num abraço de letras imaginárias,
dominando a energia que tu desprende em monossílabas...
Calo-te os gemidos com rascunhos de papel vergê;
Sufocando tua resistência, pendente no contexto
em que alimento os piores versos dos meus anseios...
Eu amo entre tapas e rasgos de unhas
que me sangram rimas secas de sensações e
sossegam suspirando sentimentos bons.
...Sou o dono do teu mundo...
E quando fecho os olhos e lavo teu rosto,
Com afagos que transfiro da vertigem dos ventos,
Desfaleces num céu azul de coração apertado
No abismo desse mar que evoco da minha vida.
E nem reparas que sou tímido...
Pois te grito como um poeta
Enfio-te como um poema
Beijo-te como uma ode
E te mordo em poesia.