ALMA EM MOVIMENTO
Quando meu corpo cansa, eu sento em silêncio,
para ouvir o que minha alma grita.
As noites encantam meu pensamento,e eles,
livres em meu descanso, singram para o inesperado.
Eu guardo os movimentos dessas palavras,
Contraditórias e insinuantes...Tão inconstantes.
Eu sinto meus pés doerem, minha voz faltar.
Sinto pelo tempo e pelo estado, eu sinto muito.
Quando o meu corpo cansa, eu ouço os passarinhos.
Deito-me a sombra da lua e aguço o olfato para sentir o perfume da poesia.
Se o meu corpo me cobra o passado, procuro lembrar do sorriso,
Se a dor vem a memória, falo em prosa do alívio.
Eu sinto o tempo passar, mas, rapidamente me levanto.
Minhas mãos deslocam-se do meu corpo, revigoradas,
e escrevem humildemente o meu “chorar de alegria”.