Duelo de Corpos

Duelo marcado, hora, dia e lugar.

Arma e calibre escolhido

É preciso que se vista a carácter

Já, que se tem o alvo a ser atingido.

Aproxima-se o momento

Ao longe, já se avistam.

Mas ainda receosos

Com o coração disparado

Mãos trêmulas e suores na testa

Prontos para o duelar

Encontram-se frente a frente

Olham-se por um tempo

Tentando descobrir um ponto fraco

Respiram fundo, engolem seco.

Nada pode falhar agora

Não há mais como voltar atrás

Seria imperdoável o erro

Colocam-se em posição

Começam despir as armas do coldre

Não é preciso que seja feita uma contagem

Sabem exatamente o momento de apertar o gatilho

Movimentos sincronizados

Armas sacadas, tiros trocados.

Ouve-se os gemidos dos corpos atingidos

Com o penetrar dos projéteis disparados

E logo que se cumpre o duelo

Vê-se dois corpos caídos

Banhados em suores vertidos

Depois de estarem corrompidos

Lado a lado estendidos.

Flor de Laranjeira
Enviado por Flor de Laranjeira em 24/05/2008
Reeditado em 10/01/2010
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