Contra mão
Vou por ai
com meu violão
e sentimentos
que se amontoam
e se misturam
feito arroz com feijão.
Vou com os olhos adiante
o pensamento distante
e o coração na mão.
Vou por ai...
Vou seguir a velha estrada
aquela mesma desenhada
na areia que agazalha o chão.
Somos eu e o violão.
O orvalho que mata minha sede
é o mesmo que embaça a visão.
Mas de teimosa que sou,
vou mesmo pela contra mão.
Vou seguir a velha estrada
onde se misturam sentimentos
que matam minha fome
feito arroz com feijão.