Pai imaginário
Pai, sou eu o seu filho bastardo
Hoje estou chorando
Também me encontro ferido
Sinto-me um homem excluído
Quando estou assim
Prefiro pensar que ainda olha por mim
Pena que as coisas não são mais as mesmas
Pensei que eu daria conta da situação
Queria te mostrar que eu não precisava de opinião
Sem você encontro-me errado aqui
Meu coração sente um desconforto
Da minha infância
Recordo de quando eu chorava pelos cantos
Você não gostava de me ver sofrer
Então dizia que ao meu lado ficaria
Para que nada eu viesse temer
Nunca com meus olhos pude te olhar
Mas sendo o pai que nunca tive
A sua preocupação
Sempre consegui notar
Lembro de toda a minha culpa
Uma vez pedi para caminhar sozinho
Mas acabei tropeçando em alguns espinhos
Quando percebi que algo estava mudado
Já não te sentia mais ao meu lado
Fui tão tolo em pensar
Que longe de você eu ficaria bem
Mas a sua ausência não me convém
Ainda me arrependo muito
Pois essa saudade morrerá no tempo
Só queria que soubesse
Que penso em você a todo momento.