Eu me lembro, Rosa

Eu me lembro, Rosa!

Beber da sua taça,

tomar do seu vinho.

Minha carne render-se

e tocar seu espinho.

Eu me lembro, Rosa!

Meu sangue parecer

desejar um pacto.

Seu mel convencer-me

esquecer seu rapto.

Mas, não me lembro,

(...)

Rosa!

Não me recordo se um dia,

nos dez anos de cada segundo,

tu já me tenhas sido conquista.

Me fora

de dor e êxtase,

Rosa.

O mel;

o sal;

o fel.

Me fora a sorte

e a morte.

Mas, conquista?!

Não, Rosa, não fora!

Me diga então porque, Rosa,

meu consumismo ainda insiste?

Sua entrega;

seu todo;

seu tudo.

Rosa, porquê?

Porquê meu querer

quer tanto

querer-te, Rosa?

Eu me lembro, Rosa...

Eu me lembro...

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PS.: Esse texto foi composto num jogo de comunidade do orkut, onde, com sete palavras (rosa, vinho, êxtase, consumismo, pacto, conquista e entrega), eu teria que formar um poema.

Como gostei do resultado, resolvi postar aqui.

Espero que tenham apreciado!

Fá Gonçalves
Enviado por Fá Gonçalves em 24/05/2008
Reeditado em 09/12/2012
Código do texto: T1003147
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