Escrever o que passeia na alma...
Num rasgado pedaço de papel, esquecido pelo tempo, escrever o que passeia na alma, como o sol que hoje surge, deitar na relva e contemplar os raios de sol que espreita entre as nuvens.
No baú de recordações, folhear páginas, no seu interior guarda manchas amareladas.
Mágoas passadas pra trás, onde o amor é capaz de apagar borrões, reescrevendo em papel, alvas emoções, tingir um buquê de flores de várias cores.
O infinito que ninguém sonda seus mistérios e enigmas, feito o murmurar das folhas das árvores batendo na suave neblina, nascendo do olhar gota de emoção, quente e deslizante.
Sou porta sem fechadura, pedra lapidada, que outrora ofuscada.
Fecho os olhos e deixo a mente vagar...
Em solo árido do deserto que a chuva banha em noite escura, jorram em minhas veias, doçura.
Manhãs azuis, nuvens algodão doce, singela fragilidade, declínio de lágrimas na clausura das rimas.
Escrito em: 27.09.2005